Rock in Vienna

Por Fernando Araújo e Stefani Costa

Dia 1

O Metallica foi indiscutivelmente a maior atração no primeiro dia do Rock in Vienna 2015. James Hetfield, com o carisma de sempre, esteve com ‘gás total’ durante toda a apresentação do grupo.

O quarteto, com 34 anos de carreira, marcou sua presença em alto astral e fez questão de tocar suas principais canções, as famigeradas: ‘Enter Sandman’, ‘One’, ‘Master of Puppets’, ‘Seek and Destroy’, ‘The Unforgiven’ e ‘Sad But True’.

Os californianos também levaram dezenas de fãs que foram autorizados a permanecer no palco durante todo o show, que durou cerca de 140 minutos, apesar de não ter começado na hora prevista.

Kirk Hammett, James Hetfield, o baixista Robert Trujillo e o baterista Lars usaram e abusaram da potência e do volume da aparelhagem de som do festival. A diferença de altura do show do Metallica em relação às outras bandas foi realmente considerável.

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

 

Já o Faith No More, no início da noite, fez uma apresentação memorável na belíssima Ilha do Danúbio. Mike Patton continua um vocalista extremamente competente e versátil.

Cercados por arranjos de flores em todo o palco e vestidos com bermudas de couro, camisas xadrez e suspensórios, a banda fez uma brincadeira com o estilo bavariano austríaco de tempos remotos. Patton fez inúmeras zoeiras ao falar com a plateia entre um som e outro, referindo-se às peculiaridades culturais dessa região europeia.

Segundo dados oficiais, mais de 30.000 pessoas se reuniram para a experiência musical na ilha.

‘Epic’ e ‘Ashes to Ashes’ foram impressionantes ao vivo. E apesar do que boa parte dos resenhistas têm falado sobre o novo álbum ‘Sol Invictus’, a aceitação por aqui tem sido muito positiva. As faixas novas, ‘Motherfucker’, ‘Matador’ e ‘Superhero’, empolgaram bastante a multidão.

Rock in Vienna

Rock in Vienna

 

Outro destaque impressionante, mas que tocou para um público bem mais seleto, foi o Gojira. O conjunto francês abriu o festival e pôde tocar apenas 7 músicas, como já havia acontecido no Brasil (na edição de 2013 do Monsters of Rock). Lembrando que no Monsters eles não foram a primeira banda, e, sim, a segunda. Uma coisa chata em festivais é em relação à necessidade que alguns têm de agregar estilos muito distintos no intuito de atrair milhares e milhares de pessoas. O Gojira, em especial, merecia ser encaixado como uma atração mais importante. Os caras já foram convidados pelo próprio Metallica para saírem em turnê.

Enfim, que bom ter presenciado esses franceses tocando 3 músicas do álbum ‘From Mars to Sirius’; ‘Ocean Planet’, ‘The Heaviest Matter of The Universe’ e ‘Backbone’ soam absurdamente magníficas ao vivo!

O Gojira fechou seu concerto com ‘Vacuity’, do ‘The Way of All Flesh’ (2008). A real sensação que ficou é que eles queriam tocar pelo menos mais 7 músicas para encerrar.

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

 

No mais, o ‘prato do dia’, para headbangers mais ortodoxos, foi o thrash metal californiano do Testament. A banda, que já chegou a se chamar Legacy (quando formada em 83) foi direta e ‘mandou’ seus sons sem firulas, como deve ser! E, fazendo jus ao seu nome de origem, Chuck Billy e Eric Peterson carregam, de fato, todo um legado com eles. Suas performances nas faixas ‘More Than Meets the Eye’, ‘Practice What You Preach’ e ‘Disciples of the Watch’ foram admiráveis e fizeram por merecer todo o respeito e aplausos por parte dos metaleiros leais que compareceram ao evento mais cedo.

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

 

Nesse primeiro dia também tocaram Body Count, Three Days Grace e Broilers.

Rock in Vienna

 

Dia 2

No segundo dia de fest, o mais ‘alternativo’, os headliners do Rock in Vienna foram os integrantes do Muse. Ao contrário do Metallica, os britânicos subiram ao palco pontualmente às 21:20h.

Matt Bellamy e companhia foram bastante aplaudidos ao fim de cada canção.

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

 

Outra atração importante foi o Incubus, que está com quase 25 anos de estrada. O destaque da apresentação foi a música ‘Drive’, uma espécie de pós-grunge que foi cantada em coro. Brandon cantou, inclusive, um trecho de ‘Come As You Are’ no meio da música.

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

 

Os suecos do The Hives montaram um palco bem interessante. Era um fundo com um manipulador, e, saindo de seus dedos, haviam cordas ligadas à bateria. O vocalista estava ensandecido e reclamava o tempo todo do público

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

 

A banda Within Temptation teve uma resposta mais intensa do público. O grupo holandês liderado pela vocalista Sharon den Adel tocou seu gothic-metal para milhares de fãs que cantaram todas as letras com devoção.

Rock in Vienna

Rock in Vienna

 

Os únicos representantes do ‘peso’ nesse dia foram Turbonegro e Saint Vitus… E que representantes! O Turbonegro tocou seu stoner para pouquíssimas pessoas. E os dinossauros do Saint Vitus destruíram com seu doom hipnotizante! Parece que algumas coisas jamais serão populares… Ainda bem!

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

 

Dia 3 – Finale

No último dia do Rock in Vienna tivemos um sol de 33 graus, uma média altíssima para a capital austríaca. A sorte do público é que a produção do evento serviu copos d’água nos intervalos dos shows. Nos banheiros, a água também era potável.

As duas principais atrações desse dia foram o Limp Bizkit e o Kiss.

Em relação à organização, o que mais pesou foram os valores das bebidas e comidas. Para tomar uma cerveja gelada era preciso desembolsar 5 euros – nada diferente do que acontece no Brasil.

No terceiro dia as camisetas pretas voltaram a estampar a plateia. Para começar, subiram aos palcos bandas de peso como Coal Chamber, trazendo músicas do seu novo álbum ‘Rivals’, o Hellyeah, com o vocalista do Mudvayne e o ex-baterista do Pantera, Vinnie Paul, Boon, Opeth e Heaven Shall Burn.

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

 

Além desses nomes, o público também se contagiou com o metal esquisito (porém, pesadíssimo) do Babymetal, uma banda que combina típicos vocais japoneses com riffs extremamente heavies.

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

 

O power metal do Sabaton também levou muita gente ao festival. Os caras agradeceram os organizadores do Rock in Vienna por terem possibilitado que uma orquestra sinfônica tocasse com eles.

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

 

O Limp Bizkit tocou apenas uma música do álbum novo (Gold Cobra), apostando mais em hits famosos, como ‘ Rollin’ ’, ‘Take a Look Around’, ‘Faith’ e ‘My Generation’. Já os lendários do Kiss compareceram com um atraso de 30 minutos, mas a galera não desanimou. Com clássicos como ‘Detroit Rock City’, ‘I Love It Loud’, ‘Do You Love Me’, ‘Shout It Out Loud’, ‘I Was Made for Lovin’ You’ e ‘Rock and Roll All Nite’ seguida de ‘God Gave Rock ‘n’ Roll to You II’.

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

Rock in Vienna

 

Satisfeitos com os resultados, a organização do evento prometeu um próximo festival para 2016 – já que essa foi a primeira edição, e, convenhamos, começou muito bem!

Pix by Florian Matzhold

3 Dias de Rock in Vienna

Por
- Conteúdos políticos e sociais divulgados de forma espontânea e direta para um público apreciador de música, cultura e arte em geral.