Filmado nas ruas de Londres, The Morning Star é o novo clipe da transgênero Carmem Red Light

The morning star, a hora da estrela / Eu sou de lá não sou de brincadeira / Sou a que foi lançada na fogueira / Não adianta fazer minha caveira, é assim que Carmem Red Light chega em ‘The Morning Star’, faixa que está no EP de estreia, You Can Shoot But Who’s Kill is God. Dona de si, a artista lança o clipe da música, filmado nas ruas do bairro onde vive em Londres, o badalado Soho.

“A ideia do vídeo é mostrar um pouco mais da minha intimidade, do meu cotidiano e o bairro onde vivo, o qual eu amo. ‘The Morning Star’ é como se fosse o meu nascimento, a minha chegada”, conta a artista brasileira que vive na Europa há mais de 20 anos, mas agora quer criar raízes artísticas no Brasil. “A intenção em divulgar o meu trabalho no Brasil é fazer ecoar a minha mensagem no país onde nasci. Pra mim, o reconhecimento do público no Brasil é bastante importante, por isso, espero poder ir em breve realizar shows de norte a sul”, complementa.

Sobre o EP

You Can Shoot But Who’s Kill is God, primeiro EP da artista, foi lançado ano passado e traz quatro músicas que apresentam o universo de Carmem de forma bastante direta. “Eu sou um espírito da noite e gosto de tudo o que a escuridão me dá: fumaça, brilhos, becos, ruas vazias, encruzilhadas. Gosto de perceber a beleza que existe no obscuro, no oculto, naquilo que ninguém enxerga”, afirma.

Começando com Faith No More (uma crítica direta ao conservadorismo religioso), vem ‘The Morning Star‘, seguida por ‘Mary Rag’, uma homenagem à Maria Mulambo: “entidade da Umbanda, Quimbanda e da Jurema Sagrada, que eu admiro muito. A música conta a história de vida e morte dela”, contextualiza.

Para fechar, ela segue homenageando a entidade em Ela É Mulambo, que resgata e faz saudação à Exu Marabô e à Pomba Gira, grandes representações de tradição religiosa africana, inspiração máxima para Carmem.


Filmado nas ruas de Londres, The Morning Star é o novo clipe da transgênero Carmem Red Light

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