Este ano a Web Summit anunciou que o evento regressará a Lisboa, com a expectativa de atrair mais de 70 mil pessoas, incluindo mais de mil investidores e um recorde de 2.750 startups. O foco do evento será uma promoção de conexões específicas e comunidades, por meio de centenas de meetups organizados, impulsionados pelo Summit Engine, um software exclusivo da Web Summit. Paddy Cosgrave, fundador e CEO da Web Summit, ressaltou: “Este será o nosso maior, mas também o nosso menor evento até agora”.
A feira de tecnologia contará com a participação das empresas Meta, Alibaba.com, Amazon Web Services, Adobe, Visa, Wiz, KPMG, Zoom, LVMH, Salesforce e Qualcomm. Pela primeira vez, a Web Summit também recebe a Novo Nordisk, criadora do Ozempic e a companhia mais valiosa da Europa.
Como país anfitrião, Portugal será representado por personalidades de destaque, como Margarida Balseiro Lopes, ministra da Juventude e Modernização, Vasco Pedro, CEO e cofundador da Unbabel, Cristina Fonseca, sócia-geral da Indico Capital Partners, e a apresentadora Cristina Ferreira. O Web Summit 2024 terá uma abordagem especial externa para as comunidades, com meetups que conectarão participantes com interesses e origens semelhantes, uma iniciativa que já foi testada no Web Summit Rio e no Collision em Toronto.
Entre os principais palestrantes confirmados para este ano estão Yinon Costica, cofundador da Wiz; Julie De Moyer, diretora de dados e IA da LVMH; Lidiane Jones, CEO da Bumble; Cristiano Anon, CEO da Qualcomm; e Meredith Whittaker, presidente da Signal. Outras presenças notáveis incluem o vice-chanceler da Alemanha, Robert Habeck, e o líder da oposição venezuelana, Leopoldo López.
A Web Summit continua a ampliar a sua presença global, com eventos adicionais programados para o Qatar e Vancouver. De acordo com Paddy Cosgrave, a missão do evento permanece inalterada: conectar pessoas, empresas e ideias que transformam o mundo.
Além disso, a equipe da Web Summit está divulgando um novo relatório global sobre mulheres na tecnologia. Apesar de mais de 1.000 fundadoras de startups estarem presentes no Web Summit em novembro, o maior número já registrado, 51% das mulheres no setor tecnológico ainda se sentem mal remuneradas e sub-representadas. Quase metade (49,1%) das mulheres na área se sentem pressionadas a escolher entre a família e a carreira, um aumento de 7% em relação ao ano anterior. O estudo também revela que 50,8% das mais de 1.000 mulheres entrevistadas relataram ter vivenciado machismo no ambiente de trabalho, um número que apresentou pouca mudança nos últimos anos. Cerca de um terço (29,6%) das entrevistadas indicaram o financiamento como um grande obstáculo para iniciar um negócio.
Embora haja muitos desafios, quase 76% dos participantes afirmaram se sentir com capacidade para buscar e/ou ocupar cargos de liderança, e mais de 80% relatam que têm uma mulher na alta gestão de suas empresas. No mais, existe um otimismo crescente em relação ao potencial da inteligência artificial para promover avanços positivos, com mais de 68% dessas pessoas considerando um impacto da IA e da automação na equidade de gênero.