“A Queda do Céu” é o título do novo disco da banda de thrash death metal Dysnomia com lançamento em 11 de julho nas principais plataformas de streamings e também na versão física. O álbum já está disponível para pré-venda no site www.dysnomia.com.br.
O disco trará nove faixas inéditas e é o sucessor de “Anagnorisis” (2018), último lançamento do trio nascido em São Carlos, interior de São Paulo, formado por João Jorge Pereira (vocal e guitarra), Denilson Sarvo (baixo) e Érik Robert (bateria).
Para apresentar o disco, Dysnomia pretende divulgar antecipadamente o single da música “Necropolítica“, em junho, que também ganhará versão em videoclipe. “‘Necropolítica’, uma palavra que acabou se tornando popular na atualidade, é inspirada justamente nesse termo, cunhado pelo filósofo camaronês Achille Mbembe. O conceito pode ser resumido, grosso modo, como a vida subjugada pelo poder da morte, perpetrado pelo poder político que dita quem são as vidas “descartáveis” e quais são aquelas que valem a pena manter, confluindo muitas vezes na eliminação sistemática e controlada de grupos sociais específicos, tais quais os mais pobres, os negros e os indígenas”, explica o vocalista João Jorge Pereira. “O tema se mostra mais pertinente do que nunca, haja visto o contexto da pandemia de COVID-19 e a negligência advinda de parte da sociedade mundial que ilustra claramente o conceito explicado por Mbembe, com todas as suas consequências nefastas, infelizmente”, completa.
Confira a tracklist de “A Queda do Céu”:
1. A Queda do Céu
2. Os Próprios Deuses
3. Ananke
4. O Silêncio da Esfinge
5. Insomnio
6. Memento
7. Necropolítica
8. [R]existência
9. Entropia
O álbum “A Queda do Céu” perpassa temáticas já abordadas pela banda, com influência de escritores, filósofos e pensadores diversos. Existem músicas de cunho mais politizado, como a própria “Necropolítica”, outras de teor mais introspectivo, como “Insomnio” e “Memento” que discorrem sobre a existência e a mortalidade do ser humano, algumas que discorrem sobre a vaidade e a ignorância da humanidade escravizada pelas redes sociais, como em “Os próprios Deuses”, e ainda faixas que são um alerta sobre o processo auto-destrutivo da humanidade pela ótica de um dos povos indígenas mais importantes do país, os Yanomami, localizado no coração da floresta Amazônica, e como tantos outros, vítimas da ganância e do extermínio infligido pelo homem branco (a faixa “A Queda do Céu”, título do álbum, foi inspirada no livro homônimo, de autoria do xamã Yanomami Davi Kopenawa em conjunto com o antropólogo francês Bruce Albert).
“Temos grandes expectativas em relação a esse disco, nos empenhamos muito em todas as fases de sua feitura, desde a composição das músicas, passando pela pré-produção e pelas artes, para que pudéssemos ter um resultado ainda melhor que em seus antecessores. Acrescentamos alguns elementos a mais e temos várias surpresas para o público. Esperamos que seja bem recebido tanto por este último quanto pela crítica especializada, mas em especial pelos fãs de metal, a música e o meio de vida e de expressão que tanto amamos e que nos motiva a continuar nessa jornada a despeito das dificuldades”, diz João.
A capa de “A Queda do Céu” é uma criação do artista Thiago Del Ponte. A produção é assinada pela banda e por Gabriel do Vale, responsável também pela gravação, mixagem e masterização, no Gabriel do Vale Estúdio, e a orquestração é de Marcelo Liam.
Sobre Dysnomia
Inspirando seu trabalho em bandas como Death, Krisiun, Morbid Angel, Carcass, At the Gates e Opeth, Dysnomia está na estrada há 15 anos. O nome Dysnomia tem sua origem no daemon (espécie de divindade menor) grego de mesmo nome, que remete aos conceitos de desobediência civil e desordem. Dysnomia era filha de Éris, a deusa da discórdia, na mitologia grega.
Seu primeiro trabalho, o EP “As Chaos Descends” (2013), estreou com importante assinatura de Heros Trench, no Mr. Som Estúdio, à frente da masterização, e produção de Luciano Matuck, no Matuck Studio.
Iniciado como quarteto e seguindo os trabalhos como trio, Dysnomia tem como um dos pontos de destaque a composição das letras sempre buscando referências na literatura. Esse processo ocorreu de maneira natural e em grande parte pelo interesse do vocalista João Jorge, que é formado em Letras pela UNESP e grande consumidor de literatura.
Na sequência, Dysnomia lançou “Proselyte” (2016), álbum que trata justamente do proselitismo e aborda a relação complexa entre o indivíduo e os vieses ideológicos que definem nossas visões de mundo. Segundo textos bíblicos,“Proselyte”, a princípio, era a denominação dada aos recém convertidos à religião judaica e é a origem do termos proselitismo que posteriormente passou a denominar sectários de qualquer ideologia, relacionada ou não às religiões, personalidades que tentam o convencimento do outro de seu ponto de vista como único válido e verdadeiro.
Depois, a banda surgiu com o lançamento de “Anagnorisis” (2018), trabalho que despertou curiosidade por tratar, entre outros assuntos, do tema da mitologia grega, além de trazer alusões a obras literárias e filosóficas. Em “Anagnorisis” a banda explorou a criação de suas letras no Youtube lançando série que explica o significado das canções.
A proposta sonora do Dysnomia consiste em um som agressivo, que passeia pelas mais diversas variantes e subgêneros do metal, concentrando-se no death e thrash, somando a vasta gama de diferentes influências apresentada por seus integrantes e a bagagem adquirida através da passagem por diversos outros projetos e bandas locais como Witch Hunter, The Trash, Neuro-Visceral Exhumation, Baruyo, Straightdown, Kriptya e Ludhiam.
Dysnomia tem passagens por importantes palcos e festivais do Brasil como Araraquara Rock, Live CEMAC, Rock na Estação (São Carlos), Alternatal (Araraquara), Grito Rock e Roadie Crew – Online Festival” – 19ª Edição, e também uma turnê internacional sul americana para o disco Anagnorisis que passou por Colômbia, Equador e Peru.
Dysnomia é:
João Jorge Pereira (vocal e guitarra)
Denilson Sarvo (baixo)
Érik Robert (bateria).
Discografia Dysnomia:
Promo Demo (2009)
As Chaos Descends (EP – 2013)
Proselyte (2016)
Anagnorisis (2018)
A Queda do Céu (2022)
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