Dead Can Dance leva extravagância musical para Lisboa em performance extraordinário no Coliseu dos Recreios



Três anos após a passagem da dupla por Lisboa, o Dead Can Dance voltou para duas noites de show no Coliseu dos Recreios, encerrando a digressão do duo pela Europa.

Formada em 1981 e liderada por Lisa Gerrard e Brendan Perry, o Dead Can Dance conseguiu reunir inspirações pela música, história e arte para criar um projeto único e diferente de tudo o que tinha sido visto na época, sendo denominados com um estilo de “paisagens sonoras construídas de grandeza hipnotizante e beleza solene; polirritmos africanos, folclore gaélico, canto gregoriano, música do Oriente Médio, mantras e art rock”.

Acompanhados pela banda multi-instrumental, a dupla percorreu os mais de 40 anos de carreira em um show cheio de energia, cores, um mix de instrumentos (os clássicos bateria, baixo e guitarra com sintetizadores, pianos, gongo, dulcimer e bouzoukie) todo o talento que já conhecemos do Dead Can Dance. Oferecendo uma mistura inebriante de influências e instrumentos musicais diversos, a banda mostra que, apesar dos anos, continua com o mesmo talento e uma energia que só presenciando a performance é possível compreender.

Com nove álbuns de estúdio, o Dead Can Dance apresentou os maiores hits e músicas que os fãs esperavam para ouvir, em um setlist muito bem selecionado. A vocalista Lisa Gerrard segue com seus vocais multifacetados e uma própria linguagem encantadora. Brendan Perry permanece talentoso e cheio de habilidade com instrumentos de cordas, além do vocal inconfundível e cheio de melancolia.

Assistir ao show do Dead Can Dance é uma experiência que todos os amantes da música deveriam viver. É algo extraordinário, uma viagem a diversas culturas com sonoridades complexas. O público presente agradeceu com muitos aplausos e euforia, mostrando todo o amor pela dupla, e foi possível ver a satisfação de Lisa e Brendan em estar de volta aos palcos.


Texto e fotos por Jéssica Mar



Dead Can Dance leva extravagância musical para Lisboa em performance extraordinário no Coliseu dos Recreios

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