Shows memoráveis marcam o retorno do festival Monsters Of Rock em São Paulo


Evento queridinho dos roqueiros voltou à cena com força total após hiato de 8 anos, destacando um lineup de peso com nomes reconhecidos mundialmente. Destaque para o possível último show do Kiss em São Paulo e o set do Scorpions, que contou com efeitos visuais impressionantes e a presença de palco furiosa de Mikkey Dee, o antigo baterista do Motorhead.


No último sábado, dia 22, o Allianz Parque (popularmente conhecido como estádio do Palmeiras) foi o palco da tão esperada volta do festival Monsters of Rock à São Paulo. Após um hiato de quase uma década (a última edição foi realizada em 2015), o evento matou a saudade dos roqueiros paulistanos que não viam a hora de se reunir novamente para celebrar a música pesada.

Sem bandas nacionais no lineup, o espetáculo contou exclusivamente com artistas lendários e consagrados ao redor do globo, como a cantora alemã Doro, Symphony X, Candlemass (em substituição ao Saxon), Helloween, Deep Purple, Scorpions e o icônico Kiss, realizando sua apresentação de encerramento definitiva na maior metrópole da América do Sul.

Histórico

O Monsters of Rock é um festival histórico na música pesada, sendo um dos primeiros eventos dedicados ao rock extremo a ser realizado na capital paulista. 

Com um lineup exibindo bandas lendárias e conjuntos independentes, a primeira edição foi realizada em 1994 no Estádio do Pacaembu, destacando os gigantes do rock Slayer e Black Sabbath, além de nomes do underground nacional, como Viper e Angra.

O sucesso foi tanto que o festival foi repetido várias vezes, trazendo headliners marcantes como Iron Maiden, Alice Cooper, Faith No More, Megadeth e Manowar.

Após um hiato de 15 anos, o Monsters of Rock retornou em 2013 em uma nova dinâmica, realizando o evento em dois dias e trazendo bandas clássicas e modernas em cada data. No entanto, apesar de suas edições bem sucedidas, a marca pausou suas atividades novamente em 2016, deixando seu legado na cena de festivais. 

Em 2023, o Monsters of Rock voltou com força total e já se prepara para uma edição especial em 2014, em comemoração aos 30 anos do primeiro evento.

Shows 

Os arredores do estádio Allianz Parque e da Av. Francisco Matarazzo, normalmente cheios de torcedores de futebol aos sábados, foram totalmente tomados pelos roqueiros. Antes mesmo das 10h, horário de abertura dos portões, centenas de pessoas caminhavam pelo bairro da Água Branca com camisetas de bandas e maquiagem cosplay dos integrantes do Kiss, enquanto ônibus de caravanas trazendo fãs de diferentes regiões do país causavam um pequeno congestionamento nas vias locais. Apesar do cenário caótico, tudo parecia bastante harmonioso, em uma atmosfera de comemoração.

Durante a chegada, também foi notável a diversidade do público, com centenas de adolescentes, jovens adultos, crianças e idosos reunidos para curtir as bandas e dar adeus ao Kiss (será que dessa vez vai?), mostrando que o rock é algo magnífico, cujo impacto transcende gerações. 

A entrada para o público geral ocorreu pontualmente às 10h. Igualmente, o atendimento aos profissionais de imprensa começou no horário informado, às 10h30. No entanto, uma pequena confusão ocorreu na chegada de alguns representantes da mídia: o formulário enviado por e-mail informava que o pessoal da imprensa deveria seguir para o ‘portão C2’, que não existia, sendo realizado no ‘portão C’, o que fez com que algumas pessoas perdessem uma pequena parcela da cerimônia de abertura (como o repórter que escreve este texto).

Com alguns minutos de antecedência em relação ao horário oficial, a cantora alemã Doro Pesch, também conhecida como a ‘Rainha do Metal’, deu início ao Monsters of Rock. 

Acompanhada por Johnny Dee (bateria), Bas Maas (guitarra), e o guitarrista Bill Hudson (um dos alunos mais conhecidos de Kiko Loureiro), ela apresentou um set composto principalmente por músicas de sua antiga banda, Warlock, que têm uma pegada mais hard rock do que propriamente heavy metal. 

Doro demonstrou grande animação ao abrir o evento, brincando com o público, correndo pelo palco, arriscando algumas palavras em português e até mesmo saindo comemorando com uma bandeira do Brasil. 

Em ‘Burning the Witches’, ela conduziu a multidão com maestria, fazendo com que todos cantassem o refrão da música. Já em ‘Raise Your Fist in the Air’, ela levantou a galera em um grito de guerra com ‘hey, hey, hey’ frenético  e punhos cerrados em movimento, gerando uma cena emocionante. ‘All We Are’, que pode ser considerada o maior sucesso do Warlock, foi o ápice da apresentação, resultando na primeira cena de empolgação coletiva do festival, com dezenas de pessoas berrando repetidamente as três palavras que levam o nome da música.

Após o encerramento do bis, Doro e seus músicos de apoio ainda fizeram questão de atender pedidos de alguns fãs posicionados na grade e acabaram mandando ‘All For Metal’, com direito a uma breve passagem pelos riffs iniciais de ‘For Whom The Bell Tolls’, do Metallica

Doro Pesch foi simplesmente maravilhosa, conseguiu extrair todas as forças (até mesmo aqueles que nunca ouviram falar de sua obra fizeram questão de acompanhar os seus pedidos) e ainda deu um show de carisma e vigor, mostrando o porquê de ser considerada a ‘Rainha do Metal’. Uma abertura matadora, deixando claro que o dia seria muito bom!

Foto: Gustavo Diakov/Hedflow


“Este é um belo dia para o Rock N’ Roll“, comentou Russell Allen ao aparecer no palco, dando início ao show do Symphony X, a segunda atração da noite.

Sem nenhum ‘capricho’ ou apetrecho visual, com uma máquina de fumaça causando problemas e cobrindo a visualização por palco nos minutos iniciais e ainda com os roadies arrumando os instrumentos, o grupo estadunidense de prog/power metal metal abriu o show com Nevermore’, faixa presente no álbum ‘Underworld’, lançado em 2015, cuja base instrumental é marcada por viradas virtuosas e um solo de guitarra veloz. As confusões técnicas seguiram em ‘Serpent ‘s Kiss’, com falhas no som do teclado, tornando o solo do virtuoso Michael Pinella em algo praticamente inaudível.

Felizmente, nenhum problema marcou a maravilhosa introdução de contra baixo, arpejos e solos em tappings de ‘Sea Of Life’, resultando em uma salva de palmas avassaladora, com destaque a performance de Michael Romeo, tocando de uma forma bastante incomum ao puxar as cordas de sua guitarra com o dedo indicador, parecendo que estava selecionando cuidadosamente cada nota. 

Após o fim do primeiro bloco, Russell comentou sobre a honra de dividir o palco com ídolos de infância do Scorpions, Helloween e Kiss e disse que festivais como Monsters Of Rock “não acontece sem a participação de cada um de vocês”, apontando para o público e emendando a fala com ‘Without You’, uma balada mais calma, que destaca riffs dedilhados e notas vocais extremamente agudas.

No entanto, as falhas técnicas retornaram em ‘Kiss On Fire’, com uma microfonia que incomodou tanto Russell que ele precisou se agachar por alguns segundos enquanto protegia os ouvidos com as mãos. Após essa música, ele fez uma crítica ao técnico de som, dizendo: “Meu Deus, cara, o que você está fumando aí? Depois me passa essa porque eu quero experimentar também“.

Infelizmente, as falhas persistiram em ‘Run With the Devil Set’ e ‘The World on Fire (The Lie of Lies)’. Aqui, a paciência de Russell chegou ao limite e o frontman saiu chutando o pedestal de seu microfone e alguns cabos. Para piorar a situação, o show não contou com nenhum efeito visual no telão de LED, sendo decorado apenas com uma fotografia em preto e branco do logo da banda, tornando a experiência geral da apresentação enfadonha e sem graça.

Os integrantes do Symphony X se esforçaram para entregar uma boa apresentação, mas as falhas técnicas foram gritantes. Além disso, a ‘ausência de vaidade’ na decoração do palco causou uma certa impressão de desleixo por parte dos profissionais de palco em relação ao grupo norte-americano. Sinceramente, foi um set desastroso! 

Foto: Gustavo Diakov/Hedflow



Pontualmente, às 13h30, uma sonora com ‘Marche Funebre’, composição do pianista polonês Frédéric Chopin, anunciou a chegada dos suecos do Candlemass, grupo escolhido para substituir os britânicos do Saxon, após o afastamento do guitarrista Paul Quinn das turnês internacionais. Ao término da introdução, Leif Edling (baixo), Mats Björkman (guitarra), Johan Längqvist (vocal), Jan Lindh (bateria) e Fredrik Åkesson, guitarrista do Opeth, subiram ao palco e iniciaram o set com ‘Mirror Mirror’.

Os problemas técnicos presentes no show do Symphony X continuaram durante os primeiros minutos da apresentação do conjunto nórdico de doom metal. Logo nos primeiros minutos, os PAs desregulados da bateria acabaram ‘cobrindo’ o som dos demais instrumentos. No entanto, tanto os músicos quanto o público pareceram não se incomodar e até mesmo protagonizaram um coro sincronizado no último trecho da faixa de abertura do álbum ‘Ancient Dreams’, de 1988.

Na sequência, a banda executou ‘Bewitched‘, com seu riff influenciado pelos primeiros trabalhos do Black Sabbath, seguida de uma dobradinha com as igualmente sombrias ‘Under the Oak’ e ‘Dark Are the Veils of Death’. Fredrik reproduziu com maestria os solos de Lars Johansson, provando que foi uma escolha acertada para substituir o guitarrista original nesta turnê sul-americana.

O Candlemass foi a primeira banda do festival a utilizar de forma precisa efeitos visuais. No segundo bloco do show, que contou com uma seleção do disco ‘Epicus Doomicus Metallicus’, como ‘Crystall Ball’, ‘A Sorcerer’s Pledge’ e ‘Solitude’, a plateia foi presenteada com belíssimas releituras do encarte do emblemático álbum, com ilustrações que variaram entre o sinistro e o psicodélico.

Embora alguns acreditem que o Candlemass não tenha sido a banda ideal para substituir o Saxon devido a sua sonoridade mais arrastada, densa e sombria, voltado para um nicho mais específico da música extrema, a apresentação dos suecos foi muito bem aceita. Apesar de parecer um ‘peixe fora d’água’ em um lineup que incluía Helloween, Scorpions e Kiss, o quinteto cumpriu bem sua missão e foi ovacionado por todos. Destaque para a excelente produção visual.

Foto: Gustavo Diakov/Hedflow



Helloween teve um início de show bastante tumultuado. Logo após a intro com o mascote do grupo alemão e as capas dos discos ‘Keeper of the Seven Keys: Part I and Part II’ sendo retratadas em arte aquarela, a bandeira que cobria o palco ficou presa e a equipe técnica precisou invadir o cenário para retirar o objeto de decoração enquanto a banda já tocava a música ‘Dr. Stein’. Apesar desse pequeno contratempo, os mestres do power metal conseguiram contornar a situação e prosseguir com o show.

Porém, o que se seguiu foi basicamente uma repetição do mesmo set que o grupo apresentou no ano anterior na casa de espetáculos ‘Espaço Unimed’ durante a turnê ‘United Forces’ com os suecos do Hammerfall: mesmo repertório, decoração de palco idêntica (com a bateria decorada por uma abóbora com iluminação LED), slides iguais exibidos nas telas laterais, Kai Hansen assumindo a voz no medley ‘Ride The Sky/Heavy Metal’, os vocalistas Michael Kiske e Andi Deris cantando juntos em ‘Forever and One (Neverland)’ e ‘If I Could Fly’, ‘Best Time’ sendo a única novidade e solo do bateria antes de ‘I Want Out’.

Para os fãs fiéis, assistir ao grupo ao vivo pode ter sido uma experiência satisfatória. Porém, para aqueles menos aficionados, a apresentação foi bastante repetitiva, sem nada de novo ou inovador. Foi como assistir ao mesmo filme duas vezes no cinema.

Foto: Gustavo Diakov/Hedflow

Com o Allianz Parque completamente lotado, foi a vez do Deep Purple, grupo pioneiro do hard rock/heavy metal. Os senhores já fecharam mandando a inconfundível ‘Highway Star’, que contou com um efeito bem legal no telão, simulando um vagão desgovernado em uma linha de metrô. Continuando com músicas do álbum ‘Machine Head’ (1972), veio ‘Pictures Of Home’, onde Don Airey roubou a cena ao “descer a lenha” em seu teclado Hammond. 

Em seguida, em ‘Uncommon Man’, o guitarrista Simon McBride dedicou a música ao falecido Jon Lord, um dos fundadores do Deep Purple, e ainda mandou um extenso solo de guitarra, misturando vários estilos, como reggae, hard rock e até “aceleradas” speed metal.

Don Airey voltou a dominar os holofotes quando decidiu mandar duas passagens estendidas no teclado nas músicas ‘Lazy’ e ‘Anya‘. Além disso, ele também mandou um solo medley, combinando ‘Mr. Crowley’ (Ozzy Osbourne) com algumas músicas brasileiras, como ‘Sampa’ (Caetano Veloso) e ‘Brasileirinho’ (Waldir Azevedo).

Embora Ian Gillan, de 77 anos, tenha mostrado alguns sinais da idade, apresentando certa “tremedeira” ao segurar o microfone, o frontman se esforçou para entregar uma performance animada. Durante o clássico ‘Smoke On The Water’, o vocalista foi para a frente do palco, incentivando a multidão a “simular” um dos riffs mais populares da história do rock.

Sem grandes efeitos, Deep Purple fez um show simpático, exibindo carisma, virtuosismo e grande conexão com o público.

Foto: Gustavo Diakov/Hedflow



É possível, sim, destacar efeitos visuais sem ofuscar a importância da música em um show. E isso foi exatamente o que o Scorpions, uma das bandas pioneiras do heavy metal alemão, conseguiu fazer no Monsters of Rock 2023.

O quinteto surpreendeu a plateia ao começar a apresentação com ‘Gas In The Dark’, uma faixa inédita do álbum Rock Believer, lançado em 2022. Na sequência, o público foi brindado com dois hits dos anos 80: ‘Make It Real’ e ‘The Zoo’. O jogo de luzes, combinado com a exibição de imagens na tela, ajudou a criar um clima perfeito para essas músicas.

O efeito visual mais impressionante da apresentação surgiu durante em ‘Coast To Coast’, quando cenas explosivas de motos em alta velocidade foram exibidas em sincronia com a música. Foi uma verdadeira obra de arte, que deixou uma marca indelével na memória dos presentes.

Mas a banda não se limitou a apresentar hits antigos, incluindo também ‘Peacemaker’ no repertório, uma música lançada em 2021, que tem uma pegada mais rápida e agressiva, quase thrash metal. Essa nova influência pode ser atribuída ao novo integrante, Mikkey Dee, ex-baterista do Motorhead, que acrescentou um pouco mais de peso e velocidade ao som do grupo.

Obviamente, as baladas ‘love metal’, marcas registradas do grupo, não faltaram no set. ‘Send Me An Angel’ foi acompanhada com os fãs levantando as lanternas de seus celulares, enquanto ‘Wind Of Change’ contou com uma homenagem ao povo da Ucrânia, com imagens do show que a banda realizou no país apenas um mês antes do início da guerra.

A parte final da apresentação foi dedicada a músicas mais festeiras, incluindo ‘Big City Lights’, ‘Tease Me Please Me’ e ‘Blackout’. O solo de bateria de Mikkey Dee também foi um momento memorável. E para fechar com chave de ouro, vieram ‘Still Loving You’, uma das maiores baladas do heavy metal de todos os tempos, seguida por ‘Rock You Like a Hurricane’, que levantou a plateia e mostrou por que o Scorpions ainda é uma das maiores bandas de rock do mundo.

Os “sententões” Klaus Meine, Rudolf Schenker e Matthias Jabs foram matadores, e entregaram uma performance de altíssimo nível. Foi impressionante ver como o grupo foi capaz de inovar mesmo após anos na estrada, incluindo efeitos deslumbrantes em sua apresentação e explorando novas influências em seu som, sem se tornar algo caricato ou soando como uma ‘cópia’ sem graça de novas tendências. Particularmente, achei o melhor show de todo o Monsters Of Rock 2023.

Foto: Gustavo Diakov/Hedflow

Para finalizar o festival, foi a vez do Kiss dar o último adeus ao público paulistano.

Assim como o Helloween, o headline do Monsters Of Rock acabou se repetindo. Tendo passado no ano passado (inclusive, o espetáculo também aconteceu no Allianz Parque) durante a turnê ‘End Of The Road’, o show foi praticamente uma repetição da apresentação de 2022: ‘Detroit Rock City’ na abertura com a banda inteira surgindo de plataformas enquanto fogos de artifício estouram dentro do palco (algo que, olhando de fora, aparentava ser bastante perigoso).

Em seguida, mais explosões em ‘Shout It Out Loud’ e uma chuva de hits em clima de despedida, passando desde faixas do primeiro álbum como ‘Deuce’ até ‘Say Yeah’, do disco Sonic Boom; Paul Stanley descendo na tirolesa para um mini palco improvisado no meio da plateia para cantar ‘Love Gun’ e ‘I Was Made for Lovin’ You’, além de fogos de artifício no clássico supremo ‘Rock and Roll All Nite’.

Foto: Gustavo Diakov/Hedflow



No entanto, apesar do “mais do mesmo”, essa foi a oportunidade de dar o último adeus à banda que mudou a história do rock e até mesmo da cultura pop. Com lasers, explosões, luzes vibrantes, plataformas em movimento e até performances teatrais com Gene Simmons babando sangue, o Kiss encerrou sua carreira, mas seu legado ficará marcado na história do mundo da música para sempre!

Setlists

Doro I Rule the Ruins (Warlock)
Earthshaker Rock (Warlock)
Burning the Witches (Warlock)
Fight for Rock (Warlock)
Raise Your Fist in the Air 
Metal Racer (Warlock)
Hellbound (Warlock)
Revenge
All We Are (Warlock)

Bis:
All for Metal

Symphony X 

Nevermore
Serpent’s Kiss
Sea of Lies
Without You
Kiss of Fire
Run With the Devil
Set the World on Fire (The Lie of Lies)

Candlemass 

Mirror Mirror
Bewitched
Under the Oak
Dark Are the Veils of Death
Crystal Ball
The Well of Souls
A Sorcerer’s Pledge
Solitude

Helloween

Dr. Stein
Eagle Fly Free
Power
Medley de Kai Hansen: Ride the Sky + Heavy Metal (Is the Law)
Forever and One (Neverland)
If I Could Fly
Solo de guitarra Best Time
Future World
I Want Out

Deep Purple

Highway Star
Pictures of Home
No Need to Shout
Uncommon Man
Lazy
When a Blind Man Cries
Anya
Perfect Strangers
Space Truckin
Smoke on the Water

Bis:

Hush (Joe South cover)
Black Night

Scorpions

Gas in the Tank
Make It Real
The Zoo
Coast to Coast
Seventh Sun
Peacemaker
Bad Boys Running Wild
Delicate Dance
Send Me an Angel
Wind of Change
Tease Me Please Me
Rock Believer
New Vision (Solo de baixo e bateria)
Blackout
Big City Nights

Bis:
Still Loving You
Rock You Like a Hurricane

Kiss

Detroit Rock City
Shout It Out Loud
Deuce
War Machine
Heaven’s on Fire
I Love It Loud
Say Yeah
Cold Gin
Lick It Up
Makin’ Love
Calling Dr. Love
Psycho Circus
100,000 Years
God of Thunder
Love Gun
I Was Made for Lovin’ You
Black Diamond

Bis:
Beth
Do You Love Me
Rock and Roll All Nite

Doro



Symphony X



Candlemass



Helloween


Deep Purple


Scorpions


Kiss



Texto por Guilherme Góes
Fotos por Gustavo Diakov (xchicanox) – fotografo credenciado pelo site Igor Miranda, que gentilmente compartilhou seu trabalho com a Hedflow.

Shows memoráveis marcam o retorno do festival Monsters Of Rock em São Paulo

Por
- Estudou jornalismo na Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Apaixonado por música desde criança e participante do cenário musical independente paulistano desde 2009. Além da Hedflow, também costuma publicar trabalhos no Besouros.net, Sonoridade Underground, Igor Miranda, Heavy Metal Online, Roadie Crew e Metal no Papel.