O ex-guru hippie cumpria prisão perpétua desde 1971, condenado por convencer jovens seguidores a assassinarem, “com o máximo de crueldade”, pelo menos sete pessoas, incluindo uma das estrelas de Hollywood mais comentadas da época, Sharon Tate. Ele teria morrido de causas naturais às 20h13.
A internação de Manson na semana passada já o havia levado ao topo dos assuntos mais comentados no Twitter e lançou um debate sobre um dos criminosos mais perturbados e famosos da história americana – especialmente entre jovens que não conheciam o vínculo de sua seita com a tensão racial nos EUA, reacesa recentemente por eventos como a marcha racista de Charlottesville, em agosto, ou os assassinatos por policiais que deram origem ao movimento Black Lives Matter.
Mesmo com registros oficiais associados a sete mortes (bem menos que outros assassinos em massa cujo nome ninguém se lembra, como Steven Paddock, que matou 58 pessoas a tiros em Las Vegas, no mês passado), Manson é tema de pelo menos 40 livros e há décadas atrai holofotes – e calafrios.
Da infância problemática no interior americano às orgias com roqueiros famosos e uma obsessão pelos Beatles, cujas letras seriam uma “premonição” de uma suposta guerra civil entre brancos e negros que ele tentou “antecipar”, Manson é descrito por biógrafos como um homem que buscava fama e reconhecimento a qualquer custo – na maioria das vezes, sem sucesso.
Ele foi condenado à morte por câmara de gás em março de 1971, mas, no ano seguinte, após o Estado da Califórnia extinguir este tipo de pena, uma nova decisão o levou à prisão perpétua.
fonte: BBC Brasil