Chico encanta Coliseu de Lisboa

Chico encanta Coliseu de Lisboa

 

Várias gerações se reuniram na noite chuvosa dessa quinta-feira (7) para um reencontro emocionante com Chico Buarque, após 12 anos sem que ele tocasse por aqui.

Com gritos de “Fora, Temer!” e “Lula livre!”, Chico foi acolhido com muitos aplausos, em um Coliseu completamente lotado. E depois de um tímido ‘boa noite’, foi apresentada ao público a única canção não composta por ele: ‘Minha Embaixada Chegou’, samba de Assis Valente, também interpretado e popularizado por Carmen Miranda.

Com o belíssimo trabalho cênico de Helio Eichbauer (nos lebrando dos períodos históricos das navegações portuguesas), Chico deu o ar da graça com seu violão nas mãos, ao lado de seu maestro e compositor, Luiz Cláudio Ramos e sua banda.

Na plateia havia também a ilustre presença de outro renomado compositor brasileiro: o músico Ivan Lins, que foi apresentado e saudado por Chico durante seu show.

Não faltaram momentos marcantes durante toda a apresentação. De lembranças pessoais – como a de quando, em uma praia da Bahia, enterrou o cordão umbilical de seu neto e agora parceiro de composição, Chico Brown, à homenagem ao falecido baterista e parceiro de tantas turnês, Wilson das Neves, para quem Chico dedicou o show.

A turnê ‘Caravanas’, que também leva o nome do último álbum, veio com mais de 25 canções muito bem escolhidas, que nos levam a vários períodos da vida e obra de Chico Buarque, misturando-se também com a história de seu próprio país. Dos clássicos ‘Geni e Zepelim’, ‘Yolanda’, ‘Futuros Amantes’ e ‘Sabiá’, o cantor também deu vida e contagiou o público com algumas das canções mais recentes, como ‘As Caravanas’, ‘Blues pra Bia’ e ‘Desaforos’.

Pouco antes do show terminar, Chico foi presenteado com uma rosa por um fã que fez questão de subir ao palco e entregar a flor nas mãos do cantor. Aos 73 anos de idade, os olhos azuis de Chico continuam a brilhar como se os mesmos estivessem mirando o público pela primeira vez. E em boa forma, Buarque fez questão de correr – literalmente – de uma ponta a outra do palco para agradecer todo o carinho recebido.

 

Texto: Ivani Souza
Fotos: Stefani Costa

 

 

 

 

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