Esses homens de frente, respectivamente das bandas Lamb of God e Slipknot, falaram recentemente à Metal Hammer sobre como vêem o cenário do metal pesado atual e o que deve acontecer com ele futuramente.
Houve muitos pontos interessantes durante a discussão. A seguir destacamos alguns dos principais:
Tanto Corey quanto Randy não andam curtindo o que eles chamam de “iTunes metal”
Corey: “Acho que há uma reação ao que eu chamo de ‘iTunes Metal’. Randy e eu temos conversado sobre isso há anos: os caras que compõem músicas, mas não estão as ouvindo; ficam olhando para elas em uma grade. Os sons ficam muito alinhadinhos, perfeitos demais… E você pode simplesmente ‘autotunar’ tudo. ”
Randy: “Cortar e colar! Cortar e colar! Cortar e colar”
Randy, no entanto, é rápido em apontar que ele é totalmente a favor da “democratização do processo de gravação”, que permite que as bandas gravem em casa com custos bem mais baixos.
Já Corey deixou um recado para as bandas que estão começando:
Meu conselho é sempre o mesmo: esteja na frente de um público. Aprenda a tocar, aprenda a cometer erros. Não tenha medo de erros; os erros são as melhores maneiras de encontrar algumas ideias bacanas.
Sobre celebridades de reality show e cultura popular vestindo camisetas de bandas de metal pesado (como a Kim Kardashian que já apareceu usando camiseta do Slayer e do Morbid Angel), Corey comentou:
“Tenho dois pontos de vista sobre isso. Há um lado que me faz querer sair botando fogo em campos inteiros, e, há também uma parte de mim que fica tipo: Legal pra caralho! Boa! Mais pessoas deveriam saber o que é o Morbid Angel!”
Por fim, destacamos aqui o que Randy pensa acerca do que realmente significa ser alguém do underground:
“Eu me pergunto sobre a validade do termo ‘underground’ quando se pode fazer downloads de qualquer época da música, mesmo que se esteja no meio de uma selva na Indonésia – como eu já estive – o quão underground isso é?! Underground costumava significar que você tinha que procurar e ‘caçar’ as coisas, usando o velho ‘boca a boca’. Você acabava tendo que ir em umas quebradas do caralho com um algum viciado para encontrar certas coisas. Hoje em dia é só acessar a Amazon pra encontrar um disco. Isso não é muito underground.”