YouTube remove canal de Varg Vikernes (Burzum) por discurso de ódio

O jornal The New York Times informou hoje que o Youtube lançou uma nova política, proibindo todo o conteúdo que possua supremacia branca, racismo, intolerância e teoria da conspiração.

O Youtube começou a pesquisar por canais com:

“vídeos que afirmam que os judeus controlam secretamente o mundo, que dizem que as mulheres são intelectualmente inferiores aos homens e, portanto, devem ter certos direitos negados, ou que sugerem que a raça branca é superior a outra raça”.


Um dos canais banido foi o de Varg Vikernes (Burzum), intitulado Thulean Perspective.

Em 2017, a Stefani Costa, jornalista pela Hedflow, fez um vídeo denunciando o canal de Varg. Desde então, Stefani tem recebido mensagens com ameaças de morte frequentes. A maioria dos ‘haters’ se autodenomina como ‘white power’ ou neonazi. No entanto, muitos ataques partem de pessoas visivelmente negras ou pardas.


Em um post em seu blog oficial, o YouTube descreveu:

“Hoje, estamos dando outro passo em nossa política de discursos de ódio proibindo especificamente vídeos que alegam que um grupo é superior para justificar discriminação, segregação ou exclusão com base em qualidades, tais como: idade, sexo, raça, casta, religião, orientação sexual ou status militar. Isso incluirá, por exemplo, vídeos que promovam ou glorifiquem a ideologia nazista, que é inerentemente discriminatória. Por fim, removeremos conteúdos que negam eventos históricos violentos e muito bem documentados, como o Holocausto ou o tiroteio no Sandy Hook Elementary. ”

Youtube




Quanto aos vídeos de teor conspiratório, o Youtube também proibirá:

“… recomendações de conteúdo limitado e com desinformação prejudicial, como vídeos promovendo uma falsa cura milagrosa para uma doença séria, ou alegando que a Terra é plana.”



A plataforma também informou que tais medidas vão reduzir as visualizações em vídeos desse tipo em 50%, sendo ainda os uploaders impedidos de monetizarem os trabalhos que possuam repetidos discursos de ódio.

Em outra parte importante da declaração, a empresa afirmou que destacaria “conteúdo autoritário”, mas não deixou claro o que atenderia a esses padrões.

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