O cantor e compositor, Alceu Valença, abriu as portas de sua casa, em Lisboa, para uma entrevista à jornalista Stefani Costa.
Em turnê pelo país lusitano, o músico nos contou um pouco sobre o projeto Valencianas II, em conjunto com a Orquestra Ouro Preto, regida pelo maestro Rodrigo Toffolo. Depois do grande sucesso obtido com a primeira edição, em 2010, foi a vez de regressar à ‘terrinha’ para conquistar o público com novas canções e arranjos que abrangem mais da carreira de Alceu Valença.
“A primeira vez que eu vim pra cá (Portugal) foi em 1979. Eu estava morando na França, mas passei menos de dois dias e fui embora, pois estava indo para o Recife.”, revelou.
Questionado sobre o desconhecimento ou a falta de interesse das novas gerações a respeito da música popular brasileira, Alceu afirmou que, de certa maneira, ela foi “escondida” das pessoas.
“A música brasileira ficou sendo uma cópia da música americana, uma cópia. Uma coisa de segunda classe! Mas, quem fez a primeira classe, quem estava lá, tá aí. Por exemplo, eu tenho ‘La Belle de Jour’ e ‘Girassol’, que se você entrar no Youtube, tem 80 milhões de acessos.”, explicou.
Sobre a atual situação política nacional, principalmente no que diz respeito às dificuldades que a classe artística vem enfrentando, Alceu acredita que, mesmo com todos os obstáculos, a cultura renascerá das cinzas.
“Precisamos acabar com os preconceitos que existem no Brasil, com as diferenças sociais no Brasil… Na minha cabeça, nós precisamos ter uma escola pública para todos, tá entendendo? Não existirá meritocracia se não houver oportunidades iguais.
Confira na íntegra a entrevista com Alceu Valença:
Foto em destaque por Victor Souza