Três anos após da edição de Guidance, os Russian Circles estão de regresso às edições em nome próprio. Blood Year saiu em Agosto e apresenta-se como a sua obra mais directa, solidificando a marca sónica que o colectivo têm vindo a construir ao longo dos quinze anos da sua carreira.
O trio estará de regresso a Portugal em 2020, para dois concertos de apresentação: dia 18 de Março no Hard Club no Porto, e dia 19 no Lisboa ao Vivo. Os bilhetes para as datas já se encontram à venda na Amplistore e locais habituais por 22 euros.
Os concertos em Portugal contarão com a primeira parte dos Torche.
Se há uma imagem que marca a já vasta discografia destes Russian Circles é, inegavelmente, a forma como exploram a dinâmica de volume e timbre, numa oscilação constante entre os ataques caústicos e as pausas luminosas e alegres.
Com os seus três elementos a residirem em três estados diferentes, a banda habituou-se a construir os seus discos através da junção de fragmentos de canções, gravações caseiras e uma meticulosa produção de estúdio. No entanto, com sete tours norte-americanas e 5 viagens à Europa a marcarem o lançamento de Guidance, tornou-se evidente que a banda teria de abordar as novas canções como de um concerto ao vivo se tratasse.
Numa era onde os discos de rock são habitualmente montados com uma matriz computorizada, os Russian Circles decidiram pensar ao contrário e fazer a gravação das novas canções juntando a banda toda numa sala e eliminando as faixas guia, conquistando, com isso, um disco que agarra o imediatismo e cristaliza o pulso humano e a energia não guiada.
Se em Guidance havia exploração e caminhos dissonantes, em Blood Year o trio americano volta a encontrar-se com um estado de espírito uno, que retém os aspectos mais emblemáticos daquilo que construíram.