Em entrevista à hedflow TV, Rodrigo Lima, vocalista da banda Dead Fish, fez questão de falar sobre o caos sanitário, social e político que o Brasil atravessa. “Se as instituições brasileiras funcionassem esses caras não tinham nem sequer se candidatado”, afirmou o músico.
Em 2018, o Dead Fish lançou o álbum Ponto Cego, trabalho que faz duras críticas ao golpe que a ex-presidente, Dilma Rousseff, sofreu em 2016. Segundo Lima, esse episódio acabou desencadeando consequências graves à democracia brasileira (Você pode assistir essa análise do disco em entrevista concedida à Dani Melo).
Ao ser questionado sobre uma possível revolução em nosso sistema político, Rodrigo acredita que ainda falta muita organização por parte da esquerda. “Comprar orgânico, ir às ocupações, andar de bicicleta… Tudo isso é revolução do quotidiano. Quanto a questão eleitoral, a gente precisa estar bem mais organizado. Botar uma candidatura em São Paulo para perder, para não competir, eu acho besteira.”, explica.
Sobre como o underground e a classe artística podem sobreviver a um governo autoritário, Lima disse que a cena é muito vaidosa e egoísta e que o pouco que foi conquistado impede que as pessoas olhem para o lado. “Eu já vivi tanto o underground… Eu tenho a nítida certeza que o punk e o independente não têm essa capacidade de dialogar, e isso é um grande demérito dos nossos sindicatos.”, aponta.
Em relação a Lei de Emergência Cultural (PL 1075/2020), batizada de ‘Lei Aldir Blanc’, de autoria da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que pretende destinar 3 bilhões aos artistas durante o período de pandemia, Rodrigo Lima fez questão de frisar o voto do NOVO, único partido a se posicionar contra o incentivo. “Nós não esqueceremos! A gente precisa estar muito bem informado para não deixar passar essas coisas!”
Você pode assistir na íntegra o bate-papo da Stefani Costa e do Bruno Teixeira com o Rodrigo Lima logo abaixo: