A piada da burguesia e o bobo da corte

Circula pelas redes sociais cenas explícitas de um jantar à luz de ‘felas’ (a gíria fela se refere à filhos d’algo, talvez do capiroto), promovido pela aristocracia brasileira.

Homens brancos que chegam a lembrar dinheiro lavado com água sanitária, plenos (talvez com o estado de coma que deixaram o Brasil), riam de um suposto bobo da corte, que imitava o Bolsonaro. Pra já, imitar algo tão vagabundo deve ser a última chance de sucesso para quem não é um Marcelo Adnet, que não precisa se apoiar no fascismo para sobreviver.

O bobo da corte em questão (e esperamos nunca mais falar dele) é André Marinho, filho do político e empresário Paulo Marinho, atualmente, presidente do PSDB do Rio, grande financiador da campanha de Jair Bolsonaro, em 2018.

O jantar não era na Transilvânia, mas acontecia em homenagem (há quem acredite ser póstuma) ao vampirão Michel Temer – o menino que escreve cartas. O que comemoravam não se sabe ao certo, mas uma coisa podemos ter certeza: era referente a algum golpe. Pode ser o golpe de 2016, o golpe com a prisão do Lula para eleição de 2018, o golpe da cartinha escrita para o Bolsonaro, ou qualquer outro golpe que queiram aplicar no Brasil. Temer é golpista profissional.

Também estavam lá figuras como Gilberto Kassab, um dos articuladores da famigerada 3ª via. Ao seu lado estavam Jhonny Saad, presidente do grupo Bandeirantes, Antonio Carlos Pereira, ex-diretor de opinião do jornal O Estado de São Paulo, Roberto D’Ávila, apresentador e diretor da GloboNews, entre outras ‘pessoas de bem’ como o empresário Naji Nahas (o anfitrião), uma figura conhecida no meio político, acusado diversas vezes de atos ilegais em suas operações de especulação financeira, além de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, acusações pelas quais chegou a ser preso em 2008.

O vídeo apresenta uma espécie de preliminar da ‘suruba no banheirão da academia’, e aqueles fidalgos que ali se divertiam, não riam do Bolsonaro (afinal foram eles que o colocaram lá), eles riam de todos os brasileiros. Riam de cada vida perdida nesta pandemia, da fome que cresce assombrosamente no país, da inflação e do retrocesso que acomete o Brasil. Eles riem com cara e dinheiro lavados, com a tranquilidade e o desprezo de quem, numa piada de muito mau-gosto, colocou o país em profunda desgraça.

A burguesia ainda vai pagar a conta deste jantar!

Texto por Jorge FilhoRevoluPress

A piada da burguesia e o bobo da corte

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