Menos de um ano após o show de lançamento do álbum Ponto, os rapazes do Bullet Bane retornaram ao palco da Fabrique Club no último sábado (21) para apresentar as canções de novo material full lenght.
O novo disco, intitulado BLLT, possui 8 faixas e marca a presença definitiva de Arthur Mutanen como vocalista do grupo após a saída de Victor Franciscon. Além disso, o álbum dar continuidade ao estilo pop e eletrônico que a banda já vinha apresentando desde o trabalho anterior, rompendo com a sonoridade fast hardcore influenciada por nomes como Belvedere, Rufio e A Wilhelm Scream que o quinteto explorou durante os primeiros registros oficiais.
Por volta das 18h, a casa abriu ao público geral. Em seguida, o DJ Marco Serra (também conhecido por seus trabalhos na internet como digital influencer e produtor do evento emorvvl) animou o público com sua aclamada tracklist. O músico, que recentemente chamou a atenção e ganhou a simpatia dos integrantes da famosa banda canadense Simple Plan, destacou canções de diversos grupos e artistas que marcaram o cenário Emo/Pop Punk mainstream durante os primeiros anos da década de 2000s, entre eles: Papa Roach, Three days Grace, NX Zero e Blink 182.
Com apenas 5 minutos de atraso em relação ao horário oficial, Bullet Bane subiu ao palco e iniciou o set com o single ‘Pra não ter que enxergar onde errei’. No entanto, a apresentação foi interrompida devido a problemas técnicos. Sem perder o ânimo, o vocalista Arthur encarou com o pequeno impasse com humor, e aproveitou o momento de pausa para reparos no palco para conversar com o público, questionando se os fãs já haviam decorado todas as novas músicas de BLLT. Em seguida, a banda repetiu a faixa de introdução, e seguiu com outras canções do novo disco, entre elas: ‘Esse vazio ocupa tanto espaço’, ‘Cancela o replay‘, e ‘Deja Vu’.
Durante as primeiras músicas da apresentação, a tela de LED e os PAs do espaço continuaram a apresentar falhas. Sendo assim, a banda optou por desligar o monitor que complementava o cenário com efeitos especiais em conjunto com as letras das canções. Apesar da ausências de b-sides e singles importantes como ‘Fôlego’ e ‘Gangorra’, o grupo repaginou algumas faixas da carreira, e apresentou antigas canções do álbum Continental (2017) e do split Flecha Discos Vol.1, entre elas: ‘Mutação’, ‘Catálise’ e ‘Amparo’.
Próximo ao término do show, o vocalista Arthur solicitou que todos ligassem seus celulares e acendessem seus isqueiros para que o público servisse como plano de fundo durante a execução de ‘Lembro quando começou’ – música de trabalho do novo material que conta a participação de Lucas Silveira (Fresno). Em seguida, os rapazes prosseguiram com ‘A Cura’ e encerram o set com ‘Sentir’. Porém, devido aos problemas técnicos que interferiram no início da apresentação, a banda retornou ao palco e executou a faixa de abertura de BLLT.
Através de sua personalidade carismática, o vocalista Arthur Mutanen deu uma verdadeira aula de como um frontman deve se portar diante de seus fãs. O rapaz não desanimou por um segundo, conseguiu driblar todos os impasses e ainda executou uma uma performance marcante. Apesar dos pequenos contratempos, a banda demonstrou domínio total de seu público, além de inovar diante das dificuldades.
Fotos (Roberto Rivas)