No próximo domingo (19/06), o Boom Boom Kid desembarca em São Paulo para apresentar um setlist especial em comemoração aos 20 anos do disco Okey Dokey. Neste entrevista, o vocalista Carlos Nekro comentou sobre a turnê comemorativa, suas expectativas para o show em SP, detalhes interessantes sobre as gravações do disco e sua rotina durante a pandemia. Confira:
Guilherme | Hedflow: – Olá, Carlos. Obrigado pelo espaço! Sou um grande fã da banda e assisti a quase todos os shows do Boom Boom Kid na cidade de São Paulo, desde 2011. Além disso, essa entrevista é uma grande satisfação para nós do Hedflow.
Primeiramente, por que decidiu realizar uma turnê especial do álbum Okey Dokey?
Carlos: Olá! O Okey Dokey foi o pontapé inicial do Boom Boom Kid, logo, é um disco especial para mim. Eu queria ter feito essa turnê em 2020, mas aí veio a pandemia… mas agora está tudo certo!
Guilherme | Hedflow: – Quais são as suas expectativas para o show no Hangar 110 em São Paulo após anos sem se apresentar na cidade com a banda completa?
Carlos: Eu estou muito feliz em poder voltar! Recentemente, eu fiz uma apresentação acústica em SP e não queria voltar para Buenos Aires (haha). Eu gosto muito de São Paulo e tenho muitos amigos aí.
Guilherme | Hedflow: – Além disso, você se lembra da primeira vez que se apresentou com o Boom Boom Kid em São Paulo? Se sim, poderia dar detalhes sobre a experiência e a reação dos fãs brasileiros?
Carlos: Minha primeira vez em São Paulo foi em 1996. Já com o Boom Boom Kid, nós viajamos de van saindo de Buenos Aires, passamos pelo Uruguai e depois seguimos tocando pelo Brasil em muitas cidades.
Até hoje eu recordo do amor que há no Brasil. Sendo assim, o amor entre bbk e Brasil é recíproco.
Guilherme | Hedflow: A turnê já passou pelo México, Chile e Argentina. Como tem sido as apresentações até o momento? E qual foi o melhor show?
Carlos: Todos os shows foram incríveis e divertidos! Ohh.. É difícil escolher o melhor show da tour. Todos tiveram momentos especiais.
Guilherme | Hedflow: Agora, sobre os 20 anos do álbum Okey Dokey, qual a sua opinião sobre o disco? Considera como o melhor trabalho do Boom Boom Kid?
Carlos: Hum… isso é algo difícil de afirmar, pois considero todos os meus álbuns como únicos. Posso dizer que o Okey Dokey é especial porque neste disco eu consegui me expressar sem censuras.
Guilherme | Hedflow: Há alguma curiosidade interessante que gostaria de destacar sobre as gravações de Okey Dokey que não comentou até hoje?
Carlos: No estúdio em que gravamos o álbum, havia um teclado Hammond, e eu costumava ficar lá até tarde da noite apenas para tocá-lo. Foi a partir daí que surgiu a ideia para o Il Carlo – meu projeto paralelo, cujos singles acompanharam a primeira distribuição do Okey Dokey.
Guilherme | Hedflow: Na época, quais foram as suas principais influências para produzir o álbum?
Carlos: Eu sou um “tutti frutti” de sons… sou assim desde sempre.
Guilherme | Hedflow: Por favor, também poderia comentar um pouco sobre a reação do público de sua antiga banda (Fun People) quando iniciou o Boom Boom Kid?
Carlos: Bem, posso comentar que foi muito boa.
Guilherme | Hedflow: Quais as principais diferenças que observa no cenário musical argentino nos dias de hoje em comparação com o momento em que o disco foi lançado?
Carlos: O cenário hoje em dia é muito diferente, ainda mais com essa grande pandemia no meio. No entanto, nada pode superar a música!
Guilherme | Hedflow: Como passou o período da pandemia de COVID 19?
Carlos: Trabalhei bastante em casa, pratiquei yoga, meditação e cuidei das minhas plantas. Já o Boom Boom Kid realizou duas live streaming excelentes, e gravamos alguns singles também.
Guilherme | Hedflow: E como está a situação da Argentina com a atual crise financeira?
Carlos: Lamentavelmente, está muito ruim. Porém, sempre foi assim.
Guilherme | Hedflow: Gostaria de recomendar alguma banda ou artista que tenha acompanhado nos últimos tempos?
Carlos: Silverio (México).
Foto em destaque por Sebastian Jiménez