Os eslovenos do Laibach têm passado por Berlim com muita frequência. Segundo o portal Setlist.fm, eles já fizeram 208 shows na Alemanha contra 152 em seu próprio país. Daí, dá para dizer o quanto o público alemão aprecia o trabalho do grupo.
E a Laibach é daquelas bandas que nunca sabemos o que esperar em um concerto, álbum ou próximo movimento a ser feito. Eles são versáteis, têm uma criatividade enorme e conseguem, até mesmo, fazer um estilo country super depressivo e interessante. Parece demais? Não, não é.
O último show foi para a divulgação de seu mais recente álbum, Love is Still Alive, justamente onde o grupo flerta com o country de um jeito “laibachzístico”, por assim dizer. Aliás, eles são bem conhecidos por darem seus toques a muitos estilos diferentes, transformando isso em novidade.
Acredito que não há nada do Laibach que eu já não tenha escutado e achado mediano. Em geral, é tudo intrigante, pois a banda é capaz de chamar a atenção para estilos que boa parte do seu próprio público não dá tanta importância.
Os eslovenos já tiveram discos inteiros com canções dos Beatles, do músical Jesus Christ Superstar, de Bach, e, agora, trazem esse novo projeto que transmuta o country.
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A intensidade do Laibach no palco é excelente. Nessa turnê, o destaque ficou com o carisma e a belíssima voz da cantora Mariana Martensson.
A primeira parte do show contou com as músicas do álbum Love is Still Alive e suas diferentes perspectivas.
Já na segunda parte, a bada entregou alguns hits, destacando a versão super apropriada de ‘The Future’, do Leonard Cohen, e uma grande projeção de fundo durante ‘Sympathy for the Devil’, dos Rolling Stones. Entre as imagens exibidas, ênfase nos diversos “demônios” políticos do século XXI.
Imagino o quão difícil deve ser para uma banda com quase 40 anos de carreira escolher seu setlist, mas a Laibach sempre consegue inovar, renovar e continuar fiel à sua essência. Esse feito é para poucos!
Texto e fotos por Edi Fortini
Edição por Stefani Costa
