Prestes a subir no palco da Altice Arena no próximo dia 3 de novembro, em Lisboa, o vocalista dos Titãs conversou com a Hedflow um dia depois do encontro em Brasília (DF) com o presidente Lula e o músico Roger Waters.
“Foi muito interessante. Nós falamos um pouco de tudo, mas, principalmente, que o Roger é um cara muito preocupado com os direitos humanos”, revela o músico brasileiro que chega a Portugal para celebrar os 40 anos de uma das maiores bandas de rock do Brasil.
Além do show que promete uma viagem pelas quatro décadas de história ao lado de Arnaldo Antunes, Charles Gavin, Nando Reis, Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Bellotto, o músico também estará presente no lançamento da biografia ‘A vida até parece uma festa: a história completa dos Titãs’, escrita pelos jornalistas Luiz André Alzer e Hérica Marmo, dia 2 de novembro, no Espaço Talante.
Em entrevista, Paulo Miklos dividiu alguns momentos da sua trajetória com o grupo, iniciada no fim da ditadura militar no Brasil. “Quando surgiram os Titãs, a gente veio com o pé na porta, de volta com a democracia, às liberdades e o fim da censura”, relembra.
Neto de portugueses, falou com carinho a respeito da sua ligação com o país, comentou sobre o 25 de Abril (revolução que completa 50 anos em 2024) e contou alguns momentos importantes vividos no cinema. Paulo acaba de estrear no longa ‘Saudosa Maloca’, dirigido por Pedro Serrano, onde interpreta o sambista Adoniran Barbosa. “Foi uma alegria muito grande perceber as possibilidades de viver uma personagem tão rica que está na cabeça de todo mundo”.
O vocalista dos Titãs também enfatizou a sua breve convivência com o rapper Sabotage e afirmou ainda que é preciso estar sempre atento ao fascismo, pois “a qualquer momento ele pode ressurgir com toda a violência que é característica dele”.
Confira a conversa da jornalista Stefani Costa com o músico e ator Paulo Miklos:
