O evento ocorreu no Cinema São Jorge com o apoio da prefeitura da capital portuguesa. Enquanto os convidados filmavam o protesto e erguiam bandeiras israelenses da varanda do cinema, uma jovem judia protestou em frente ao local proferindo que o sionismo fez com que eles se tornassem os monstros que sempre temeram. “Digo isso a vocês como alguém que costumava ter o cérebro lavado em ser sionista. Mas, não sou mais.”
Na quarta-feira (22) o Cinema São Jorge foi cedido por Carlos Moedas, prefeito de Lisboa, para uma festa promovida pela embaixada de Israel. Durante a manifestação, a região foi toda cercado pela PSP e pelos agentes do Corpo de Intervenção (Tropa de Choque). Trabalhadores da EGEAC, empresa municipal responsável por gerir os espaços culturais, se juntaram aos manifestantes pró-Palestina utilizando camisetas onde se lia “Genocídio não é Cultura”. Eles também entregaram um abaixo-assinado contra a decisão de ceder o cinema para a festa de aniversário da criação do Estado de Israel.
O número de mortos na Faixa de Gaza devido à ofensiva de Israel subiu para 35.562 desde 7 de outubro do ano passado, após o ataque do Hamas. Os dados são do Ministério da Saúde do enclave e foram divulgados pela Agência Anadolu. Porém, esses números podem ser maiores, já que muitos civis encontram-se debaixo dos escombros ou desaparecidos. Pelo menos 79.652 cidadãos foram feridos nos últimos sete meses.
O Estado de Israel é acusado de genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que, em janeiro, emitiu uma decisão provisória que ordenou que o país parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis na Faixa de Gaza.