Fundado durante a pandemia da COVID-19 pelos irmãos Berman Berbert e Vinny Berbert, o selo Psywar começou as atividades como uma campanha pela derrubada do governo Bolsonaro.
A pauta principal, estampada na camisa réplica do Bad Religion, era “Fora Bolsonaro” – usada por grandes nomes da cena metal e rock no Brasil, como Fernanda Lira, da Crypta e Maurício Boka, do Ratos de Porão. As atividades de panfletagem, apoio na organização de atos, e venda de material marcaram o início do selo. Além dessa campanha, a dupla encabeçou uma das poucas vozes que pediam a liberdade do ciberativista Julian Assange no Brasil, ajudando a levar o tema bem pouco falado às discussões na época e ganhando reconhecimento por algumas organizações internacionais empenhadas nessa causa. Atualmente, a Psywar está ativa nas mobilizações contra o genocídio em Gaza.
Os irmãos, fundadores da banda de hardcore punk Malvina, tiveram a ideia de somar discos independentes aos materiais políticos, com um grande reforço do selo santista Caustic Records na época.
Bandas como Mukeka Di Rato, Malvina, Sect, One True Reason e Strife estavam no catálogo do site e nas bancas em eventos. Posteriormente, outras bandas ganharam distribuição de material físico pela Psywar, como Angvstia, Traste, Uzomi, Niste (Argentina), MLC (Argentina) e os finlandeses do Glass Wipe, depois da turnê européia do Malvina em 2024.
A turnê europeia reforçou uma vontade já antiga dos irmãos, ao se depararem com a forma totalmente ‘Do It Yourself’ e organizada de fazer a cena rolar na Europa. A ideia de lançar bandas que o selo acredita, não só fisicamente, mas em todos meios de streaming, com uma divulgação bem planejada, ficou mais sólida. Dessa forma a Psywar começa a expandir mais sua atuação, com um trabalho de fomento e divulgação mais amplo do underground nacional.
Primeiro lançamento do selo Psywar
A primeira escolhida é a banda punk mineira Traste, que terá seu novo disco lançado pelo selo.
Os irmãos comentam: “Essa iniciativa é uma resposta à cultura hegemônica da classe dominante. Somos uma alternativa em meio a várias outras. Viemos somar forças e abrir mais caminhos para toda forma de ativismo e expressão artística. Instigar o engajamento, conscientização, e por fim, reagir à violência do capitalismo”.
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