Como o próprio nome já diz, o Test tem tudo a ver com experimentação!
O novo álbum, O Jogo Humano, é inspirado nas ‘marchinhas’: um tipo de música comum no carnaval de rua, que consiste de vários sons com percussões ininterruptas e possui letras que satirizam partes específicas da sociedade.
Muitas das faixas não têm começos ou finais convencionais.
Os títulos das músicas também são incomuns. Na maioria das vezes, apenas palavras ou trechos de expressões.
Uma boa maneira é pensar nisso como a ‘Amarelinha’ de Cortázar... Se Cortázar fez algo impactante, imagina o Test com o seu grind tipo ‘pedrada na cara’!
A ideia é a de o álbum funcionar como um jogo interativo, a fim de que o ouvinte possa unir as palavras contidas nos títulos, formando frases doidas e criando sequências distintas a cada vez.
É algo impressionante e inovador, ainda mais se tratando de apenas um duo: João ‘Kombi’ (guitarra e vocal) e Thiago ‘Barata’ (bateria).
Versões de vinil e cassete do álbum terão músicas pré-construídas, e poderão sair assim que a banda encontrar um selo interessado em lançar essa proposta diferenciada.
entrevista (2017) através de uma parceria com o site Zona Punk
Montagens subjetivas à parte, o som dos caras está cada vez mais visceral e intenso. O Jogo Humano tem toda a brutalidade esperada nos melhores atos grind da atualidade.
As letras tratam principalmente de variadas falhas humanas. E elas também foram compostas de uma maneira muito peculiar: seus autores são músicos de outras bandas e até de alguns gêneros inusitados ao som do Test.
Por exemplo: há o músico de samba-punk-metal, Kiko Dinucci e também o Jair Naves (NavesHarris, Ludovic e Lirinha)…
Acha que a diversidade musical parou por ali?! Que nada, participaram também os prodígios do folk-samba e samba-cordel: o famigerado Cordel do Fogo Encantado!
Já o processo de criação funcionou da seguinte forma: cada escritor recebeu meramente um título de música para trabalhar, sem saber como deveria soar. Isso deu um tom bastante único à obra!
O trabalho foi gravado, produzido e mixado pelo próprio João em seu home studio, e masterizado no Audio Siege, em Portland, Estados Unidos, por Brad Boatright (conhecido por ter material lançado também com o Sleep, Full of Hell e YOB).
Fique ligado nas datas da turnê e presencie essa ‘máquina de moer’ ao vivo!
● 02 de julho – Aracaju SE
● 03 de julho – Maceió AL
● 05 de julho – Recife PE
● 06 de julho – João Pessoa PB
● 08 de julho – Fortaleza CE
● 09 de julho – Teresina PI
● 12 de julho – Palmas TO
● 13 de julho- Brasília DF
● 14 de julho – Goiânia GO
Resenha por Fernando Araújo e Stefani Costa
