O policial civil Leonel Radde falou à Hedflow TV sobre o movimento Policiais Antifascismo, que realiza um trabalho de conscientização e revisão sobre diversos aspectos vigentes dentro das Corporações.
Mestre em Direitos Humanos, pós-graduado em Direito Penal, Constitucional e História Contemporânea, o servidor público ganhou destaque no final do ano passado ao descobrir e impedir que um festival neonazista acontecesse na cidade de Canoas, Rio Grande do Sul.
” A gente tem que ser intolerante com os intolerantes, entende? Se a defesa da pessoa é de eliminação, de qualquer um que seja, a eliminação física ou de um ideal, se isso está no cerne do conceito, é isso que as pessoas têm que entender. Por que o nazismo não é crime como o comunismo é? Porque, simplesmente, no cerne dessas teorias existem diferenças. O nazismo já nasce, e o fascismo em si, dessa intolerância como política básica de eliminação de determinados grupos étnicos, sejam ciganos, judeus…”, explica.
Leonel Radde, que também já atuou, em 2018, como vereador na Câmara Municipal de Porto Alegre, nos revelou que é à favor da legalização das drogas no Brasil, da desmilitarização da Polícia e contra o envolvimento de igrejas evangélicas neopentecostais nas instituições públicas.
“Nós (Policiais Antifascismo) defendemos que não se partidarize as instituições. Não é essa a ideia de que ‘somos direita, então vamos tentar colocar a esquerda’. Não é esse o debate. É simplesmente que a gente transforme essas instituições em órgãos realmente democráticos, realmente legalistas, que sigam a Constituição, que sigam os ‘regramentos’ legais do país e que não haja como verdadeiras instituições partidarizadas.”, afirma.
Confira a entrevista com Leonel Radde feita pela jornalista Stefani Costa: