Bia Ferreira, artista e ativista brasileira, encerra Festival Língua Terra em Setúbal, Portugal


A terceira edição do Festival Língua Terra, que conecta as culturas de países que falam o mesmo idioma, terá como encerramento a performance da cantora, compositora e multi-instrumentista brasileira Bia Ferreira, que está a conquistar cada vez mais público com sua mensagem politizada.

A artista sobe ao palco do Fórum Luísa Todi, no dia 2 de julho.

Bia fará uma apresentação no formato voz e violão, relembrando sucessos como ‘Cota Não É Esmola’, ‘De Dentro do Apê’ e ‘Não Precisa Ser Amélia’, além de composições do seu disco gravado em 2022, intitulado Faminta.

Com quase uma década de atuação e presença nos grandes circuitos musicais, a artista ecoa para além do seu trabalho o respeito à comunidade LGBTQlA+, o combate ao racismo e à xenofobia. Como a própria musicista define, a sua música é “MMP – Música de Mulher Preta”, e trata de temáticas sociais importantes.




Bia Ferreira nasceu na cidade de Minas Gerais, no Brasil e iniciou suas atividades musicais em 2009, aos 15 anos. Sua música fortemente politizada, passeia por ritmos afro diaspóricos como o soul, o R&B e o rap, mesclados a referências da música brasileira como o samba e o repente.

Compositora reconhecida por letras contundentes, visa facilitar a compreensão de temas importantes como necropolítica, cotas raciais, antirracismo, a luta pelos direitos das mulheres, da população LGBTQIAP+ e a afetividade destes corpes, a fim de pautar tecnologias de sobrevivência através da arte. Por envolver temáticas ligadas ao então inédito sistema de cotas no SISU e a questões estreitamente ligadas à subalternidade das mulheres negras no Brasil, gerou muita identificação por parte das pessoas que, ao ouvi-la, se identificavam com a narrativa.

A primeira parte do espetáculo fica por conta da sua compatriota Bárbara Eugênia. A cantora e compositora também vai atuar em formato voz e violão, levando ao palco uma mistura de ritmos brasileiros, rock, folk e música eletrônica em temas de sua autoria, como ‘Perfeitamente Imperfeita’ e ‘Coração’, além de sucessos de outros compositores.

Workshop, cinema e música de qualidade inseridos no cartaz do Festival Língua Terra contribuíram para o sucesso do evento, que teve lotação esgotada durante a apresentação de Adriana Calcanhotto com a participação especial do músico português Salvador Sobral

Bia Ferreira, artista e ativista brasileira, encerra Festival Língua Terra em Setúbal, Portugal

Por
- Latino-americana, imigrante e jornalista. @sttefanicosta