Após sete anos anos de espera, os nove mascarados de Iowa retornaram ao Brasil para um reencontro eletrizante com o seu público. Na noite do dia 15 de dezembro, o Slipknot se apresentou no Rio de Janeiro, entregando uma performance intensa, pesada e repleta de grandes hits.
A banda Bring Me The Horizon abriu a noite na Jeunesse Arena com dois grandes sucessos, ‘Can you fell my heart’, seguida de ‘Happy Song’, com Oliver Sykes arriscando frases em português. Entre as falas, o vocalista pediu para que o público abrisse uma grande roda.
Apesar de curto, os britânicos conduziram o show mesclado músicas conhecidas com as novas, contrariando algumas críticas de que a banda ficou ‘pop’.
A performance foi agitada do começo ao fim, com direito a um surpreendente coro de “Fora Bolsonaro” puxado pelo próprio Oliver. No dia seguinte, durante o concerto em São Paulo, ele também pegou todos de surpresa ao chamar Pabllo Vittar para cantar ‘Antivist’, do álbum Sempiternal, de 2013.
O Bring me the Horizon esquentou a plateia da melhor forma possível, deixando o palco aquecido para o tão aguardado retorno do Slipknot.
Às 22h22, de forma aparentemente cronometradas, as luzes se apagaram e o principal concerto da noite teve início. O Slipknot abriu o setlist da mesma forma que fizeram no show do Monsters of Rock, em 2013, com a intro de ‘Get Behind Me Satan’, seguida por ‘Disasterpieces’ e o seu primeiro grande single ‘Wait and Bleed’, do icônico disco lançado em 1999.
O que se seguiu foi sucesso atrás de sucesso. E vamos falar um pouco sobre isso.
Apesar da banda ter feito um passeio por todas as canções consagradas de cada álbum, o público esperava um set com mais surpresas, já que o Brasil não é um pais que recebe shows deles com frequência.
Acabamos ouvindo a mesma sequência das apresentações do México, Argentina e Chile, e não tivemos a oportunidade de conferir faixas como ‘Purity’, ‘Left Behind’, a clássica ‘SIC’ e nem mesmo ‘Yen’, o último single do mais recente disco The End So Far.
Sendo assim, podíamos esperar que o setlist do Knotfest (festival do Slipknot que aconteceu no mesmo final de semana, em São Paulo) fosse o mesmo. E foi.
Entretanto, mesmo com o repertório sem grandes novidades, eles conseguiram conduzir a performance inteira de forma intensa e o público respondeu do mesmo jeito, pulando, cantando e formando várias rodas de mosh pit em diferentes momentos da noite.
O vocalista Corey Taylor manifestou seu agradecimento a todos presentes, falando que somos todos uma grande família. Com isso, constatamos que mesmo com a sua idade (que já beira meio século), a morte e a saída de integrantes, o Slipknot consegue se manter firme entregando muita energia em cima do palco.
Texto e fotos por Angelo Henrike
Edição por Stefani Costa