A cantora Föxx Salema (conhecida também por sua luta na causa LGBTQ+) recebeu uma série de ataques na semana passada, além de ter sido boicotada por parte da imprensa e ter recebido mensagens preconceituosas enviadas por diversas pessoas, dentre elas locutores e jornalistas.
Segundo a própria Salema, seu trabalho vem sendo recusado por rádios, revistas e sites de música.
Em desabafo nas redes sociais, Föxx publicou:
“Nunca precisei tanto da ajuda da esquerda como agora! Estou sendo boicotada por ser trans, em várias rádios, webrádios, sites jornalísticos e páginas que apoiam a extrema-direita e este governo fascista. Não é justo alguém independente como eu passar por isso só por ser o que sou e por meu posicionamento político.”
Em um dos prints enviados à nossa redação, é possível ver o ataque de Jezebel Matarazzo, que diz ser colaboradora na ‘A Rádio Rock – 89,1 FM’, em São Paulo. Ela reforça o discurso preconceituoso em um comentário feito na página de Salema.
Já em outra mensagem privada enviada para o Facebook de Föxx, a página Fúria Metal & Rock intimida a cantora e pede para que ela deixe de frequentar a fan page por conta do seu posicionamento político.
Ale Bensberg é o editor responsável pela página Fúria Metal & Rock, além de colaborar para outros veículos, como Roadie Metal e o site Whiplash.net.
Em um áudio, que teria sido gravado pelo locutor Ronaldo Silva, do Programa Brothers of Metal, o boicote ao trabalho de Föxx Salema se evidencia de maneira ainda mais contundente.
A página da Rock Brigade também proibiu Föxx Salema de publicar ou comentar sobre o seu trabalho.
Durante a transmissão do programa Metal Brazil, produzido pela rádio antenaAZero, a locutora Nina Stillo se manifestou contra os boicotes e as ameaças que Föxx Salema vem sofrendo na cena do metal.
Até o momento, nenhum dos profissionais ou veículos de imprensa citados se manifestaram sobre as denúncias realizadas pela cantora trans.
Texto por Stefani Costa