Em uma noite agradabilíssima no Lisboa Ao Vivo, a cena post-HC demonstrou-se com força plena em Portugal.
As aberturas ficaram a cargo das impactantes pratas da casa Algumacena e Ash is a Robot, com ressalto às bases de ambas. Chamaram a atenção também as linhas vocais e a versatilidade lírica de Alex D’Alva (Algumacena) e Cláudio Anibal (Ash is a Robot).
O palco já estava bem quente para que os integrantes do Glassjaw pudessem encarar o seu público lisboeta pela primeira vez!
A espera de décadas finalmente acabou com a intro de um tema recente: ‘Cut and Run’, do álbum ‘Material Control’, que saiu em 2017 após 15 anos sem um ‘full-length’ de estúdio.
Logo emendaram um som das antigas, ‘Tip Your Bartender’, que levou a malta ali presente ao êxtase! Tocaram ainda faixas veneradas como ‘Pink Roses’, ‘Mu Empire’ e ‘Ape Dos Mil’, nas quais foi possível notar um brilho saudosista no olhar daqueles que acompanham a banda desde o início dos anos 2000, época em que o Glassjaw começou a ganhar uma maior notoriedade internacional.
Daryl Palumbo (o frontman) estava muito à vontade com a plateia e fez várias intervenções cômicas durante a sua apresentação, brincava em relação aos holofotes e às fumaças vindas do background.
Antes de tocar a nova ‘New White Extremity’, Daryl pediu desculpas pelo presidente que eles têm agora nos Estados Unidos.
Do álbum mais recente pudemos conferir também as excelentes ‘Shira’, ‘Citzen’ e ‘Closer’.
Para o encerramento escolheram a célebre ‘Siberian Kiss’!
Esses estadunidenses extremamente carismáticos despediram-se da capital tuga com um gosto de quero mais! E que voltem logo!
Um agradecimento especial ao João Alves e à Amazing Events por toda a presteza e solicitude a nós da Hedflow: valeu!
Texto por Fernando Araújo
Fotos por Stefani Costa