Dejair Benjamim, fundador do Tchandala, lança EP solo que conta a história de Sergipe

Inquieto musicalmente. É assim que se define Dejair Benjamim, vocalista e fundador da banda de heavy metal Tchandala. Natural de Sergipe, decidiu fundir a música e a história do estado em seu primeiro trabalho solo, o Benjamim Saga.

O lançamento do EP No Rio dos Siris nasceu de uma conversa com o amigo e doutor em História, Hermeson Pidele. As quatro músicas do projeto falam do encontro entre europeus portugueses e indígenas autóctones no Novo Mundo, no território no qual hoje localiza-se o estado de Sergipe, bem como a vida dos habitantes originais, o contato após a chegada dos europeus e seus desdobramentos e a guerra que se sucedeu, que resultou no extermínio dos grupos indígenas.



O nome da obra é baseado na nomenclatura de Sergipe, que é originado da antiga língua tupi através da junção das palavras siri (siri), ‘y (rio) e pe (em), que significa ‘No Rio dos Siris’, referindo-se ao Rio Sergipe.

Lançado pelo selo Preá Records, o EP conta com quatro músicas: ‘Serigy’, ‘A Palavra e a Espada’, ‘Pacto de Sangue’ e ‘O Retorno‘, todas com a co-autoria de Benjamim Saga.

Sobre No Rio dos Siris

“Sou um admirador e curioso da história de Sergipe e a música é um dos mais poderosos veículos de aprendizado que existe. Então, por que não fundir tudo isso?” explica o músico.

Com referências dentro do rock e do heavy metal, passando por vertentes do thrash, hard rock, death metal, além das passagens com características regionais, o projeto tem uma banda exclusiva para este EP: o próprio Dejair Benjamim no vocal, o guitarrista/produtor Marcos Cupertino, além do guitarrista Rafael Moraes e o violeiro Deo Miranda.

https://www.youtube.com/watch?v=gte2lui4Xag
Produção do clipe Serigy por @jairoricebr e @maxvalenca



Dejair Benjamim

Nascido em Propriá, Sergipe, em 1976, Dejair Benjamim de Oliveira Júnior teve os seus primeiros contatos com a música na banda de fanfarra da Fundação Bradesco. Aos 15 anos, comprou o seu primeiro contrabaixo com a ajuda de familiares. Aos 17 anos mudou-se para Aracaju e no final dos anos 1990, com o seu amigo de longa data Hermeson “Pidele” Menezes, realizou vários projetos como o fanzine Fabulous Disaster, o festival Natal Metal e a banda Tchandala, que se encontra na ativa até os dias atuais.

Com a banda Tchandala, levou o nome de Sergipe a vários cantos do país e do mundo, tendo participado de grandes festivais de rock e gravado 3 CD´s com repercussão positiva nas mídias especializadas e grande recepção entre o público. No último CD da banda Tchandala, intitulado Resilience, compartilhou os vocais  com grandes nomes do Metal mundial, como Tim Owens (ex-Judas Priest, Iced Earth, Malmsteen, dentre outras) e Iuri Sanson (ex-Hibria). O trabalho foi eleito o terceiro melhor CD de metal de 2017 pelo portal O Subsolo.

Também conseguiu a 12ª colocação na votação dos Melhores do Ano de 2017 – Álbum Nacional, pela revista Roadie Crew, uma das maiores publicações especializadas em Rock e Metal da América Latina. Conseguiu ainda o 54ª lugar como melhor álbum de Metal da América Latina de 2017, através do portal Headbangers Latinoamerica. Foi também baixista da icônica banda sergipana Karne Krua, tendo lançado o trabalho Máscaras para o Caos.

Atualmente, trabalha nas composições do material que fará parte das faixas do 4ª CD da banda Tchandala e, em paralelo, dirige o Tchandala Talk – seção de entrevistas no canal da banda no Youtube – por onde passam vários artistas locais e nacionais em bate-papos descontraídos. Em 2020 lançou o projeto solo, BENJAMIM Saga, no qual promove a fusão do heavy metal com a música regional nordestina, acompanhado de vários artistas locais e nacionais.

Você também pode ouvir o EP No Rio dos Siris, de Dejair Bennjamim, logo abaixo:

Dejair Benjamim, fundador do Tchandala, lança EP solo que conta a história de Sergipe

Por
- Latino-americana, imigrante e jornalista. @sttefanicosta