Roger Waters, um dos fundadores do Pink Floyd, participou de uma manifestação na porta do Consulado Britânico em Nova Iorque pedindo a libertação do jornalista Julian Assange. O ato aconteceu neste sábado (10/12) e reuniu, aproximadamente, uma centena de pessoas.
“Talvez nós vivamos na cidade mais louca que, definitivamente, fica no país mais insano deste mundo”, disse Roger Waters aos presentes que permaneceram na porta do Consulado com faixas e cartazes que também denunciavam as torturas que Assange vem sofrendo na prisão.
Não é a primeira vez que o músico participa de um protesto pela libertação do jornalista australiano. Em agosto deste ano, Waters apareceu em um ato em frente ao Departamento de Justiça em Washington durante sua turnê ‘This Is Not a Drill’. Naquele momento, ele alertou que a permanência de Julian Assange na prisão estava o deixando cada vez mais doente e à beira da morte. O ex-integrante do Pink Floyd pediu ainda que as pessoas não se calem diante dessas injustiças e que mantenham-se firmes até que Assange esteja livre.
A luta em defesa do jornalista da Wikileaks começou em 2010, após Assange publicar mais de 500 mil documentos que revelam os crimes de guerra cometidos pelos EUA no Iraque e no Afeganistão. Naquele momento, diversos jornais e agências de notícias lucraram com as matérias produzidas a partir das informações contidas nesses registros militares e diplomáticos. Antes de ser detido em Londres, Julian ficou sob asilo político na Embaixada do Equador até 2019.
O governo estadunidense acusa o jornalista de violar a Lei de Espionagem do país ao divulgar essas informações através do site Wikileaks.
Assange teria alegado que se candidatou ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos (ECHR) para contestar sua extradição do Reino Unido para os EUA, onde é mantido em uma prisão de segurança máxima a mais de três anos.
Se a extradição realmente acontecer, Julian Assange pode pegar até 175 anos de prisão.
Foto em destaque por Alberto Pezzali/AP
