O Coletivo Revolu pretende mobilizar pessoas e promover ações revolucionárias por intermédio da sua plataforma digital, que reúne rede social e mídia independente em um mesmo ambiente; o lançamento oficial acontece no próximo dia 09 de Maio
A plataforma, que foi idealizada por um grupo de trabalhadores marxistas, unidos pelo ideal comunista, vem sendo construída de forma colaborativa e voluntária por camaradas que partilham dos mesmos valores. São desenvolvedores, designers, jornalistas, promotores, poetas, psicanalistas, advogados e outros profissionais que têm algo em comum: querem ver o mundo superar o capitalismo.
Sabemos que os meios digitais são realidades incorporadas na vida das pessoas, e é essencial pensar que os sistemas de comunicação, hoje controlados pela classe dominante, e à serviço dela, devem ser transformadas pelo povo e para o povo.
Segundo a equipe de desenvolvimento do projeto, o trabalho para o aprimoramento da velocidade, estabilidade e segurança do site, vem sendo feito de forma incansável. A criação de um aplicativo para dispositivos móveis está entre as prioridades, entretanto, para além dos desafios técnicos, os co-fundadores afirmam que a proposição contínua das iniciativas de projetos revolucionários aos membros será o primeiro passo a fim de expandir e alcançar mais pessoas.
“A operacionalização da RevoluPress e a criação de uma academia de revolucionários também estão entre os principais objetivos, já que a plataforma é desprovida dos vultuosos aportes financeiros tradicionalmente disponibilizados às startups“, explica Jorge Filho, um dos co-fundadores.
O que é a Revolu?
As redes sociais tornaram-se ferramentas imprescindíveis para a luta de classes, e por serem – em sua grande maioria – propriedades das big-techs (que são nada menos que as principais financiadoras das estruturas neoliberais), atuam como verdadeiros rolos-compressores em prol do capital, dando forças aos movimentos fascistas e promovendo a degradação e a desmobilização da classe trabalhadora através dos seus algoritmos maliciosos e perversos, que viciam, manipulam e anestesiam o intelecto dos usuários, afastando-os do pensamento crítico, demovendo-os de valores coletivos e dissolvendo as suas autoestimas.
É nesta emergência que surge a Revolu, um coletivo suprapartidário, marxista, que possui como principais ferramentas para mobilização uma plataforma que reúne rede social, mídia alternativa (RevoluPress), grupos de trabalho (Comunas) e fórum de discussão (Soviets), na tentativa de minar o protagonismo e a soberania das gigantes da tecnologia. Com recurso ao meio digital, a Revolu quer facilitar as ações para a transformação social através da emancipação da classe trabalhadora.
“Entendemos que o domínio da tecnologia e a emancipação digital das classes proletárias são imprescindíveis na conscientização e mobilização para a luta de classes, na atual conjuntura”.
Jorge Filho, co-fundador da Revolu
Um alternativa às redes sociais burguesas
Para diferenciar-se das atuais plataformas de mídias digitais, a Revolu se apresenta como um projeto sem fins-lucrativos, e com ambiente colaborativo, construído pelos próprios membros. Além disso, a rede não utiliza algoritmos que espionam a vida dos usuários, que os manipulam, que os emburrecem, que os viciam, ou que os tornam alvos de anunciantes capitalistas. A Revolu não comercializa, repassa ou negocia, sob nenhuma circunstância, os dados dos usuários da plataforma.
As Comunas (grupos) serão espaços férteis para a prática da dialética, onde terão lugar as trocas de conhecimento e disseminação de informações dos mais variados temas, enquanto os Sovietes (fóruns) consistirão de espaços para atuação, com a proposição, discussão, mobilização e realização de ações revolucionárias.
Mídia alternativa comunista
A Revolu, entretanto, não é apenas uma rede social com ‘papo-cabeça’. Agregada à plataforma está a RevoluPress, um veículo de mídia alternativa que, com a colaboração de mídia-ativistas pretende ‘furar a bolha’ e divulgar os preceitos marxistas ao público amplo, com linguagem acessível e interessante, de modo que seja possível derrubar os mitos criados por muitas décadas de publicidade anticomunista.
É do trabalhador, e não da burguesia!
A comunidade estará acessível a qualquer um que esteja interessado em aprender e/ou colaborar com o alcance dos seus objetivos, com os quais esperam-se o aumento significativo da criação de ações revolucionárias por parte da sociedade civil, e com a mobilização ampla e organizada ‒ facilitada pela plataforma ‒ tornando-se possível a democratização da informação e a conscientização da classe trabalhadora.
“A Revolu afirma como premissa o desaconselhamento à prática de atos ilegais, dentro ou fora de sua plataforma, e, por razões óbvias, não é responsável pelos atos dos membros da sua comunidade. No entanto, nós nos posicionamos radicalmente contra as ilegalidades frequentemente cometidas pelo Estado burguês, as violações de direitos humanos e a covardia estatal ou privada contra a classe trabalhadora.“
Os partidos políticos, sindicatos e coletivos também podem (e devem) utilizar a plataforma, seja para mobilizar pessoas, seja para comunicar as suas ações.
Trabalhadores do mundo, conectai-vos!
A Revolu está disponível no endereço https://revolu.social, e você pode utilizar a plataforma como ferramenta de informação, aprendizado e para ampliar a sua rede de amigos. Também pode compartilhar com os camaradas os seus conhecimentos, notícias e informações de interesse da comunidade.
Outra forma de participar é oferecendo a sua colaboração nas diversas frentes de trabalho da própria plataforma, e neste sentido a Revolu está aberta ao apoio de jornalistas, redatores, editores de vídeo e de conteúdo, desenvolvedores, designers, advogados, influenciadores digitais, multiplicadores, professores, artistas e qualquer pessoa que queira oferecer algum tempo para a revolução.
Em todos os casos basta fazer o registro no site, e se quiser colaborar voluntariamente com a plataforma, basta que informe o seu interesse no Soviete ‘Quero ajudar na construção da Revolu’ ou ainda se inscrever para participar ativamente do coletivo.